FUNPAPA: DESCASO E SUCATEAMENTO com as condições de trabalho e de atendimento ao público



Com faixas e bolo para comemorar os prazos não cumpridos pela Prefeitura de Belém, cerca de 100 servidores da Fundação Papa João XXIII (Funpapa) protestaram na manhã de ontem, em frente à sede do órgão, na avenida Nazaré. Por volta das 11h, a pista foi bloqueada e o trânsito ficou congestionado por 1 hora.

Segundo os manifestantes, a prefeitura até hoje não cumpriu a promessa de melhoria das 24 unidades da Fundação. Por este motivo e pela falta de condições de trabalho e de atendimento ao público, as unidades paralisaram as atividades ontem. “Estamos aqui para cobrar melhorias para todos”, argumentou Josyanne Quenel, presidente da Associação dos Funcionários da Funpapa. A suspensão continua hoje. Apenas o Espaço de Acolhimento a Crianças, gerenciado pela Fupapa, teve expediente, com 30% do efetivo.


CRIANÇAS EM RISCO
Josyanne lembra que o Espaço de Acolhimento Euclides Coelho Filho, na avenida José Malcher, é um dos exemplos do descaso da Prefeitura. A unidade atende crianças de zero a 6 anos e foi inaugurado em agosto de 2015, mas já apresenta vários problemas. “Não temos fraldas descartáveis, nem massa para mingau, nem carrinhos, nem berço”, denuncia. O local tem capacidade para atender até 20 crianças encaminhadas por autoridade judicial, em função de abandono ou quando as famílias encontram-se temporariamente impossibilitadas de cumprir sua função de cuidado e proteção.
Entretanto, a presidente da associação dos funcionários revela que essas crianças também correm riscos no local criado para ser seguro. A estrutura do prédio tem rachadura nas paredes, infiltrações e chegou ao ponto de ser condenada pelo Corpo de Bombeiros. “São crianças que atendemos ali. Não podemos mais ficar nesta situação.”


FALTA ATÉ ÁGUA EM UNIDADE DO BARREIRO

Outro prédio que também está abandonado é o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do Barreiro. Considerado a porta de entrada para a ressocialização, o local, que busca atender famílias em situação de vulnerabilidade social, na prevenção de riscos e defesas de direitos, não tem nem água para atender o seu público. Conforme Josyanne Quenel, há 2 meses a bomba quebrou e a realização das atividades ficaram complicadas. Atualmente, a Funpapa conta com 450 funcionários, mas, segundo Josyanne, seriam necessários 650. “Não temos pessoas suficientes para atender o público”, disse. 
A Prefeitura de Belém, por meio da Funpapa, enviou nota ao DIÁRIO em que afirma estar solucionando as demandas das unidades de acordo com cronograma de planejamento administrativo. Segundo a nota, o atendimento nas unidades da Funpapa segue normalmente, de segunda a sexta, e a bomba d’água do Cras Barreiro está em processo de compra. Quanto ao material para o Espaço de Acolhimento Euclides Coelho, a nota informa que a entrega está normalizada e é feita conforme a demanda de usuários e solicitação da coordenação.





(Roberta Paraense/Diário do Pará)
Fonte: Diário Online 



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