A gente sobe a ladeira por liberdade! Vem aí o 18º CBAS, em Salvador (BA)
A gente sobe a ladeira por
liberdade! É com esse mote - inspirado no trabalho cotidiano profissional
e na cultura e música negra baiana - que CFESS, ABEPSS, ENESSO e CRESS-BA
convidam toda a categoria de assistentes sociais e estudantes de Serviço Social
a participarem do 18º Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais (CBAS).
O maior evento do Serviço Social
brasileiro ocorrerá de forma presencial dos dias 3 a 7 de dezembro de 2025, no
Centro de Convenções de Salvador, na Bahia, com público previsto para cinco mil
participantes, pouco mais de três anos após a última edição, semipresencial, em
decorrência da Pandemia da Covid-19.
A retomada do CBAS presencial
promete. Em primeiro lugar, pela sua relevância para o fortalecimento da
profissão, do trabalho profissional, da pesquisa e do retorno de toda a
ebulição teórica, técnica, política e prática do Congresso para a sociedade
como um todo.
Além disso, a 18ª edição marca 50
anos de realização do CBAS, que vem ocorrendo sistematicamente desde 1974, se
configurando como um momento de garantir a direção do legado crítico dessa
profissão com uma articulação primordial das dimensões técnico-operativas,
teórico-metodológicas e ético-políticas.
“A série histórica dos CBAS
remonta aos anos 1960 no Brasil, quando a categoria profissional dá início ao
processo de renovação da profissão e coloca em xeque o caráter conservador do
Serviço Social em toda a América Latina. Marco histórico desse processo é o III
CBAS, realizado em 1979, e que ficou conhecido como “Congresso da Virada”, por
expressar explicitamente o direcionamento anticapitalista e crítico ao
conservadorismo que passa a hegemonizar as entidades organizativas, eventos e
publicações da área”, diz trecho da apresentação do CBAS, assinado pelas quatro
entidades que organizam o evento.
Outro fator que torna esse CBAS
especial é a conjuntura brasileira e mundial. Ele acontecerá no momento em que
a sociedade brasileira necessita reafirmar a importância da participação, da
democracia, do conhecimento científico como forma de luta contra a
desinformação, o retrocesso de direitos e a regressão à valores degradantes das
existências, das diversidades e das relações humanas.
Assim, este 18º CBAS é um chamado
à categoria para refletir criticamente sobre o quadro conjuntural e estrutural,
além de reafirmar a atualidade do projeto profissional de ruptura com o
conservadorismo, forjado como parte das lutas da classe trabalhadora, que
ultrapassa fronteiras.
Venha pra Salvador! Axé!
A escolha pela cidade de
Salvador, como sede do CBAS, projeta um dos grandes desafios do Serviço Social
contemporâneo: contribuir com as lutas da sociedade com base na compreensão da
formação social do Brasil e seus desdobramentos na atualidade, tendo o racismo
como seu principal estruturante.
Assim, o Serviço Social tem
buscado, de forma mais efetiva, uma formação e atuação profissional
antirracista e o fortalecimento do projeto societário livre e emancipado. A
Bahia é o estado com maior contingente de pessoas negras fora da África e lugar
onde foram forjadas rebeliões, revoltas e insurgências fundamentais em defesa
da liberdade, logo, o território baiano se apresenta como estratégico na
identificação dessa determinação estrutural (relações raciais) da questão
social e suas diversas reverberações, assim como na articulação de possíveis
respostas profissionais.
E tudo isso está na identidade
visual do 18º CBAS, nas cores, nos desenhos, nas formas, nas figuras
históricas, como Luiza Mahin, Luiz Gama, Mãe Dona Dalva e toda população
indígena. Com um forte apelo à coletividade e à luta, a marca celebra a
diversidade e valoriza símbolos que vão além dos convencionais, destacando as
riquezas culturais e a força da Bahia, do sertão, vibrante e cheia de energia,
como é o CBAS.
A Bahia também é o segundo estado
brasileiro com a maior população de povos indígenas, demonstrando sua
construção plural e diversa, onde várias etnias demarcam a construção desse
território.
A Bahia, com todos os seus
encantos e belezas é marcada pela resistência das populações não-brancas, o que
se apresenta como uma característica importante para a realização desse
CBAS!
Programação, inscrições e envio
de trabalhos
A programação do evento ainda
está sendo finalizada e as informações sobre as inscrições (valores e formas de
pagamento) serão divulgadas em breve.
O CBAS é um espaço de
socialização de experiência profissional e produção científica, de reflexão de
sistematizações sobre o trabalho profissional e de divulgação de conhecimento
do Serviço Social brasileiro.
Por isso, abre espaço para que
participantes enviem trabalhos e pesquisas no âmbito da profissão. A
apresentação desses trabalhos deverá ser feita por meio de poster, e os textos
aprovados são publicados na íntegra nos anais do CBAS, que é um material
audiovisual com todos os artigos aprovados para apresentação no
Congresso.
No Congresso ocorrerá também
lançamento de livros recentes acerca de temáticas relacionados ao Serviço
Social e às políticas sociais, fazendo com que o CBAS seja um espaço de
exposição de livros.
Mensagem das entidades
“O congresso foi pensado para
articular os diversos temas em voga, hoje, na realidade brasileira e que se
expressa na vida e no trabalho de assistentes sociais, marcando os alcances,
limites e possibilidades do exercício de sua autonomia em face das requisições
institucionais e demandas da população em geral. O conjunto de elementos que
compõem a precarização da vida e do trabalho, o desfinanciamento das políticas
sociais, a crise climática e a dimensão de exploração predatória do capital em
face dos recursos naturais, as ofensivas contra a democracia e os direitos
humanos, o racismo, a LGBTQIA+Fobia, o capacitismo, o patriarcado, são alguns
dos exemplos do que atravessa o contexto do trabalho profissional de
assistentes sociais, exigindo a reflexão, o espaço da troca e da organização
política para repor as forças de enfrentamento às demandas do tempo presente.
Por isso, chamamos assistente sociais a participar do 18º CBAS, vivenciar
esse espaço de (re)encontro, tão histórico, tão cheio de significados e tão
necessário para uma categoria profissional posicionada frente aos desafios do
seu tempo, que não hesita em subir as ladeiras para que a liberdade uma máxima
para todos os povos e biomas desse mundo”!
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